quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Diego um fruto do trabalho com o futebol








Aos 16 anos, Diego Lima da Conceição vivia para o crime e. durante um assalto a banco, disparou uma arma e matou uma pessoa. Hoje, aos 19 anos e depois de ter cumprido pena na Fundação Casa, o jovem tem no futebol da Portuguesa a chance de recomeçar a vida.

O jogador do sub-20 da Portuguesa e ex-interno da Fundação CASA, fruto do nosso trabalho de Capelania Diego Lima, voltou novamente para as unidades Paulista e Nova Vida (antiga Tiête) da Vila Maria na tarde desta segunda-feira. Não, ele não é um reincidente. Lima esteve nas unidades para visitar e dar aos demais adolescentes o exemplo de como é possível superar as adversidades. Diego, que teve duas passagens pelas unidades da CASA, deu uma guinada na vida por meio do esporte. De um jovem problemático, virou um atleta que, apesar de em início de carreira, já contabiliza sucessos no meio futebolístico. “Eu agradeço todos os profissionais da Vila Maria, ainda mais os diretores das unidades que passei e sempre acreditaram em mim”, comenta Diego. “Dei problemas, mas me arrependo muito do mal que causei a todos”. O jogador foi descoberto dentro de uma unidade da Vila Maria - antiga Adoniran Barbosa. Segundo os diretores, Diego disputava competições internas entres os jovens e funcionários e já mostrava qualidade como jogador. “Me falaram que ele jogava muito. Um dia fui vê-lo jogar e o Diego dava muito trabalho dentro de quadra. Aí resolvi levá-lo para fazer o teste na Portuguesa”, conta Eduardo Felipe, diretor da Nova Vida. Na época, um ano e meio atrás, Diego fez o teste com mais de 250 atletas na Portuguesa. Dentre eles, somente quatro eram da Fundação CASA. A partir daí, por esforço próprio e determinação para mudar de vida, Diego foi o único entre todos que participaram da avaliação a passar na peneira. “No dia, eu não acreditei. Depois caiu a ficha. Agarrei a oportunidade que me deram e não vou largar mais”. Transformação Esta é a segunda vez que Diego visita as unidades da Fundação CASA. Na primeira, ele passou pelas unidades Abaetê, São Paulo e Bela Vista. Na segunda, no dia 16 de novembro, foi na Paulista e Nova Vida. Durante a visita nas duas unidades, os diretores reuniram todos os jovens para que Diego falasse do que aprendeu com as lições de vida e a oportunidade que teve na Fundação. “Talvez se o Diego estivesse na rua, ele não teria a chance que teve na Fundação CASA”, destaca Eduardo. “A oportunidade de mudar de vida é dada a todos. Alguns aproveitam muito bem e mostram realmente que querem mudar. O nosso papel de reinserí-los na sociedade é feito com muita dedicação pela equipe de profissionais que atua na Vila Maria”. Além de falar com os jovens, Diego decidiu bater uma bola com eles. O jogador fez questão de jogar meio tempo em cada equipe, que foram formadas por jovens da fase de progressão da Paulista. “É bom vir aqui, falar das minhas experiências e tentar mudar a cabeça desses garotos. Eles têm que aproveitar a oportunidade e canalizar o que tem de melhor para fazer o bem para o próximo, e não praticar o mal”, disse Diego. Para surpresa de Diego, um adolescente que esteve com ele na antiga Adoniran Barbosa reincidiu e voltou para Fundação CASA. “Conversei muito com ele. Deu conselhos para mudar e disse que a gente pode conseguir muita coisa trabalhando honestamente, seja como jogador ou em qualquer outra profissão”. O espanto também veio por parte do adolescente. “Ver o Diego vencendo é uma motivação a mais para mim. Passei na Adoniran com ele e a gente dava muito trabalho. Mas se ele mudou, por que eu não posso mudar?”, disse o jovem, emocionado. “A partir de hoje vou me espelhar nele”.

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